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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As Festas Ciganas.


As festas ciganas, famosas em todo o mundo, são, na verdade, rituais, realizados com determinados objetivos, constituindo-se num verdadeiro acontecimento social, unindo grupos próximos e mesmo outros, de locais mais distantes. Incorporam elementos das mais diferentes culturas de povos com os quais os ciganos conviveram. Práticas aparentemente pagãs misturam-se a outras de notado cunho religioso.
Sabe-se, porém, que aos gadjos não é permitido assistir à maioria delas. Os ciganos evitam contar detalhes desses rituais, mas pode-se afirmar que desempenham um papel enorme na união dos grupos e na preservação de valores peculiares desse povo.
Dentre essas festas, uma das mais importantes é a do batismo de uma criança. Dependendo do país onde o grupo estiver de passagem, o ritual será aquele que a religião do local determinar, não importa se católica, evangélica, budista ou muçulmana, apenas para citar algumas.
Para esse povo, o importante é o aspecto prático do batismo, seu objetivo que é o de livrar a criança das garras e tentações do demônio, fortalecendo seu espírito para os embates que passará a travar com os habitantes das trevas.
Alguns ciganos acreditam que se originaram de Adão e de sua primeira mulher, anterior a Eva. Isso faria deles seres sem a mácula do pecado original, o que tiraria toda a necessidade de um batismo, como o da Igreja Católica.
Muitos ciganos, principalmente os mais sábios, descartam essa hipótese, possivelmente mais uma das fantasias surgidas durante a Idade Média, que atribuíam aos ciganos toda a sorte de lendas, com o objetivo de indispô-los com os demais povos. Pode-se afirmar que, para os pais e para o grupo, o batizado de uma criança é motivo de festa, tanto quanto o funeral de uma pessoa.
Um cigano, ao morrer, será louvado em uma séria de festas, pelos seus semelhantes que, ao mesmo tempo, estarão também festejando a vida. Sabem que a morte é certa e que o momento deve ser vivido com intensidade.
Outra festa de grande sentido para eles é a da primavera, com seus ritos de fertilidade, destinados a tornar férteis as mulheres, para que gerem filhos sadios.
Um casamento cigano só é considerado concretizado com o nascimento de um filho. Enquanto isso não ocorre, o casal vive grande aflição, já que a infertilidade traz a conotação de um castigo que tanto pode ser para o casal quanto para o grupo.
Como aspectos dos batizados e das festas fúnebres, esses rituais são proibidos aos gadjos, que pouco ou nenhum conhecimento podem ou devem ter do assunto.
Outra cerimônia que tem, para os ciganos, um significado todo especial é a de um casamento, feito nos moldes tradicionais, diante dos símbolos familiares. Desde há muito tempo, sempre foi proibido aos gadjos, principalmente porque os ciganos se casam apenas entre membros de sua tribo. Depois, segundo as crenças, se um casamento cigano for presenciado por um desconhecido, que não pertença a sua raça, a noiva fatalmente morreria, após transcorrido um ano.
Vale dizer que em poucas e trágicas vezes, quando inadvertidamente um gadjo assistiu a um casamento, a noiva veio a falecer realmente, conforme a superstição. Isso faz com que a cerimônia não seja aberta aos gadjos, mas não impediu que algumas particularidades se tornassem públicas, sendo relatadas em livros, peças teatrais e, modernamente, filmes.
Um casamento nos moldes ciganos caracteriza-se por ser uma cerimônia muito festejada, onde ocorre uma espécie de encenação, simulando um rapto. Depois, a comprovação da virgindade da noiva é feita de forma a não deixar a menor dúvida.
Acontece sempre entre jovens ainda adolescentes, entre treze e quinze anos. O pai do noivo é quem faz todos os arranjos, negociando com o pai da noiva o dote e outras providências.

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